On the necessity of things and actions: Hobbes critic of the indetermination of future contingents
Da necessidade das coisas e das ações: Hobbes crítico da indeterminação dos futuros contingentes
Résumé
The maximalist version of the principle of reason according to Hobbes implies its reduction to the principle of causality. This reduction is expressed through two essential theses: first, the proof of necessity is a proof by the causes - which implies a reformulation of the classical proofs of necessity in terms of a necessitarianism based on causality - and, second, the logic of action is entirely subject to causal logic. This article shows: 1. that Hobbes' necessitarianism is based on a principle of sufficient causality, which has as its corollary a systematic critique of the Aristotelian thesis of the indeterminacy of future contingents; 2. that this critique of the indeterminacy of future contingents takes implies that contingency is nothing but ignorance of necessity; 3. that the significance for human action of the identification of the principle of reason the principle of necessary causality must be questioned.
A versão maximalista do princípio da razão, segundo Hobbes, implica sua redução ao princípio da causalidade. Essa redução se expressa através de duas teses essenciais: primeiro, a prova da necessidade é uma prova pelas causas - o que implica uma reformulação das provas clássicas da necessidade em termos de um necessitarismo baseado na causalidade - e, segundo, a lógica da ação está inteiramente sujeita à lógica causal. Este artigo mostra: 1. que o necessitarismo de Hobbes se baseia num princípio de causalidade suficiente, que tem como corolário uma crítica sistemática da tese aristotélica da indeterminação dos contingentes futuros; 2. que esta crítica da indeterminação dos contingentes futuros implica que a contingência nada mais é que ignorância da necessidade; 3. que o significado para a ação humana da identificação do princípio da razão o princípio da causalidade necessária deve ser questionado.