Being a Foreigner in the Working-Class Areas of Maputo (Mozambique): a Neighbourhood Cosmopolitanism in the Peripheral Areas of Globalisation
Être étranger dans les quartiers populaires de Maputo (Mozambique) : un cosmopolitisme de voisinage aux périphéries de la mondialisation
Ser estrangeiro em los bairros populares do Maputo (Moçambique): um cosmopolitismo de vizinhança nas periferias da globalização.
Résumé
In Maputo, the political and economic capital city of Mozambique, tens of thousands of foreigners have settled, coming from various parts of the world and in particular from Africa and China. Although they are not so numerous they are very visible because many of them are involved in the retail shopping in the peripheral and working-class areas called bairros. Based on an ethnographic approach, the paper deals with the ways and means the foreigners get integrated to the city life: throughout daily life practices such as mobilities, leisure, worship or living places, an ordinary cosmopolitanism emerges, including frequent interactions between local and foreign city dwellers. The case study of the foreigners in Maputo epitomises that cities at the margin of globalisation have become places of intense circulations and encounters between people of various origins. They also welcome newly-created and daily practices which can be characterized as cosmopolitan ones although ephemeral.
Maputo, la capitale politique et économique, du Mozambique, accueille quelques dizaines de milliers d’étrangers de provenances diverses, en particulier d’Afrique et de Chine. Quoique peu nombreux à l’échelle urbaine, ils sont très visibles, en raison de leur présence prononcée dans le commerce de proximité, dans les quartiers périphériques et populaires de la ville, les bairros. À partir d’une démarche ethnographique, l’article porte sur les formes d’intégration à la ville de ces étrangers : à travers les pratiques du quotidien (déplacements, loisirs, culte, choix résidentiels), c’est un cosmopolitisme ordinaire qui se dessine, avec des interactions fréquentes entre citadins locaux et étrangers. Le cas des étrangers à Maputo illustre que les villes des marges de la mondialisation sont devenues des lieux de circulations intenses, de rencontre entre originaires de pays éloignés et de création de pratiques quotidiennes que l’on peut qualifier de cosmopolites, même si éphémères.
Maputo, a capital política e económica de Moçambique, acolha dezenas de milhares de estrangeiros de várias origens, particularmente da África e da China. Embora poucos em la cidade, eles são muito visíveis, por causa de suas presenças marcantes nas lojas locais, nos bairros periféricos e populares da cidade, localmente chamodos “os bairros”. Baseado em uma abordagem etnográfica, o artigo enfoca as formas de integração desses estrangeiros na cidade: através de práticas cotidianas (viagem, lazer, culto, escolha residencial), é um cosmopolitismo ordinario que desenha, com interações freqüentes entre moradores da cidade locais e estrangeiros. O caso dos estrangeiros em Maputo ilustra que as cidades à margem da globalização tornaram-se lugares de intensa circulação, de encontro entre pessoas de países distantes e de criaçao de práticas cotidianas que podem ser descritas como cosmopolitas, mesmo que efêmeras.
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