Produção camponesa e seguridade alimentar no Brasil: Uma análise pela teoria da reciprocidade - Archive ouverte HAL Accéder directement au contenu
Article Dans Une Revue RELAER Revista Latinoamericana de Estudios Rurales Année : 2017

Peasant farming and food security in Brazil: an analysis through reciprocity theory

Produção camponesa e seguridade alimentar no Brasil: Uma análise pela teoria da reciprocidade

Résumé

To associate the notion of food security to the peasantry implies thinking also in produce beyond peasant families; it means to redistribute or to market the production to local population. So, the peasantry "produces to live and to feed." But how to articulate a peasant production based on reciprocity with nature and solidarity among peers with a national and international market dominated and regulated by market exchange? The paper proposes, in the first part, answer this question from the fundamentals of economic anthropology, but also mobilizing more recent elements of reciprocity theory. After Mauss, Polanyi played a key role with the proposal of the concept of substantive economy and the identification of reciprocity as a way of the economy regulation alongside the exchange and redistribution. Anthropological analysis of reciprocity was completed in the years 1990/2000 by Temple extending Mauss and Levi-Strauss with the analysis of the elementary structures of reciprocity. Today, this structural analysis allows us to search in empirical field-work, the nature of the material values but also that of the affective and ethical values produced by reciprocity relationship, of which some examples in the Brazilian rural area are presented in the second part. In the third part, I wonder why an interest in the reciprocity practices and relations in the XXI century and examine how such reciprocity relationships are present in mixed situations, next to the relationship of commodity exchange.
Resumo: Associar a noção de segurança alimentar ao termo de campesinato implica pensar em produzir também para além das famílias camponesas; quer dizer para redistribuir ou para comercializar para a população. Por isso o campesinato "produz para viver e alimentar". Mas como articular uma produção camponesa fundada na reciprocidade com a natureza e na solidariedade entre pares com um mercado nacional e internacional dominado e regulado pela troca mercantil? O artigo propõe, na sua primeira parte, responder a essa questão a partir dos fundamentos da antropologia econômica, mas também mobilizando elementos mais recentes da teoria da reciprocidade. Após Mauss, Polanyi teve um papel essencial com a proposta do conceito de economia substantiva e com a identificação da reciprocidade como modo de regulação da economia ao lado da troca e da redistribuição. A análise antropológica da reciprocidade foi completada nos anos 1990/2000 por Temple prolongando Mauss e Levi-Strauss com a análise das estruturas elementares da reciprocidade. Hoje, essa análise estrutural permite procurar na pesquisa empírica, a natureza dos valores materiais, também aquela dos valores afetivos e éticos produzidos pelas relações de reciprocidade, das quais alguns exemplos no meio camponês brasileiro são apresentados na segunda parte. Na terceira parte pergunto por que se interessar pelas práticas e relações de reciprocidade hoje no século XXI e examino como tais relações de reciprocidade estão presentes em situações mistas, ao lado das relações de troca mercantil.
Fichier principal
Vignette du fichier
Sabourin Relaer 2017 162-809-1-PB.pdf (250.67 Ko) Télécharger le fichier
Origine : Accord explicite pour ce dépôt
Loading...

Dates et versions

hal-02794399 , version 1 (05-06-2020)

Identifiants

  • HAL Id : hal-02794399 , version 1

Citer

Eric Sabourin. Produção camponesa e seguridade alimentar no Brasil: Uma análise pela teoria da reciprocidade. RELAER Revista Latinoamericana de Estudios Rurales, 2017, pp.1-21. ⟨hal-02794399⟩
46 Consultations
28 Téléchargements

Partager

Gmail Facebook X LinkedIn More